Para cada projeto, um sistema estrutural é demandado. A fórmula mágica não existe na engenharia, onde o sucesso de um empreendimento não se copia se as condições forem variadas. Projetos residenciais, industriais ou comerciais apresentam, cada um, uma demanda diferente. Veremos aqui se existe um sistema estrutural ideal para cada um.
É do gerente de projetos a responsabilidade pela definição do sistema estrutural que será usado na obra. Sobre seus ombros recai uma decisão de grande relevância que passa pela consideração de diversos fatores: custo, tempo de produção, localidade, necessidades específicas do projeto.
É possível dizer que existe um sistema estrutural ideal? Sim e não. O sistema ideal depende de cada cenário, situação e propósito. Conversamos com um especialista que identificou as principais dificuldades na hora de fazer essa escolha e mostrou como o gerente de projeto pode analisar de forma mais certeira a questão. Confira!
Principais dificuldades do gerente de projetos na escolha do sistema estrutural
Ao iniciar a pré-avaliação da obra, é comum que os profissionais fiquem em dúvida quanto às soluções estruturais que podem ser usadas nas condições em que ela está sendo implementada.
Segundo o engenheiro diretor da L2 Projeto Estrutural, Guilherme Laini, as dificuldades passam por vários pontos, a começar pelo orçamento e pelo tempo. “As dúvidas mais comuns são quanto aos custos e a praticidade de execução para a solução que vai ser avaliada.”
Na sua análise, em obras que precisam de rápida realização, como no caso de grandes centros comerciais, o prazo deve ser o principal determinante e não o custo. “Nesse caso, o lucro do empreendimento é maior do que o custo que teria a estrutura. Então, quanto mais rápida a entrega daquele empreendimento, maior é o retorno financeiro”, explica.
Outra dúvida é com relação aos sistemas que são novidade. “Quando trazemos um sistema novo, a dúvida é de como é feita a sua manutenção ou quanto tempo dura, se vai ter que fazer algum tipo de pós-atendimento”, relembra.
Cada sistema estrutural tem a sua particularidade. Na sua experiência, Guilherme conta que observa, também, problemas devido à má avaliação de execução da estrutura. Focado no preço, o gerente de projetos pode acabar optando por uma solução que pareça mais econômica em um cálculo inicial, mas que se revela mais cara no custo global por equívoco da avaliação de outros aspectos.
“Quanto mais prática for a solução a ser executada, ainda que os materiais custem um pouco mais, ela é menos suscetível a erros, à perda de produtividade e mais segura”, esclarece.
Quanto mais segurança, menos o responsável tem que fazer verificações e menos tem que intervir. Mais rápido passa a ser o trabalho, que dispensa correção de falhas. “Eu diria que um dos maiores erros é não levar em conta a produtividade na hora de fazer a escolha do sistema estrutural”, acrescenta o especialista.
Os sistemas estruturais e seus principais usos
Opções não faltam! Segundo Guilherme, a construção civil de edifícios residenciais e comerciais geralmente utiliza o sistema de concreto armado convencional, que é o concreto e o aço CA-50. Em alguns casos, utiliza estrutura metálica, onde a laje é em steel deck e os pilares em perfis metálicos.
“Também é utilizado bastante o concreto pré-fabricado, em que as peças são produzidas em uma fábrica e posteriormente transportadas até o local da obra para fazer a montagem”, explica o engenheiro.
Em alguns casos mais específicos, a construção também faz uso do concreto protendido, que é similar ao concreto armado, porém com a utilização de armaduras ativas, que são as armaduras de proteção. Além disso, são usadas variações nos tipos de lajes e nos tipos de concepção estrutural que o engenheiro vai utilizar no orçamento da estrutura. Na escolha de um concreto armado ou dentro de uma estrutura metálica ou pré-fabricada, ele tem vários formatos como opção.
No projeto residencial, é mais comum usar o concreto armado convencional. Já no projeto comercial, vê-se mais o concreto protendido e a utilização de lajes nervuradas. “Também no comercial utiliza-se, mas em poucos casos, o concreto pré-fabricado. E, em casos mais raros ainda, a estrutura metálica”, aponta Guilherme.
No projeto industrial, mais de 90% dos casos utilizam o concreto pré-fabricado para a estrutura. E no piso, é comum optarem pela solução de pisos industriais. Guilherme ainda chama atenção para o fato de que os pisos industriais podem ser em concreto armado, em concreto protendido ou com fibras: fibras metálicas, fibras poliméricas ou de vidro.
Mas como saber qual o melhor sistema para o seu projeto?
Para cada caso, um sistema estrutural ideal
O primeiro passo, segundo Guilherme, é individualizar o projeto, conhecer suas singularidades. “Não podemos generalizar as condições da obra, as condições do cliente e suas necessidades, assim como a geometria do projeto arquitetônico e a localização”, explica.
“Por exemplo, o concreto pré-moldado geralmente é utilizado para obras industriais. Se a obra tem um difícil acesso ou tem geometria muito particular, muito curvada, não é muito padrão, muito modularizada, já inviabiliza esse sistema”, indica o especialista.
O sucesso da seleção de uma estrutura pode não se repetir em diferentes condições, por isso é importante ter uma avaliação completa. “Não podemos dizer que o concreto protendido será sempre mais econômico ou mais viável que o concreto armado para todos os projetos residenciais. Em alguns casos sim, em outros, o concreto armado é o mais viável”, destaca Guilherme.
“Às vezes uma solução que demonstra ser um pouco mais cara nos materiais pode se apresentar muito mais barata na mão de obra”, detalha. O mais recomendável é manter-se atento às diversas soluções propostas e avaliar todo o contexto, sem se prender ao que já está acostumado a ver ou a fazer. “Às vezes, o cliente pode estar fechando os olhos para outras soluções que poderiam ser muito melhores”, conclui Guilherme.
Para cada questão, uma solução da Belgo
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Com os parceiros ligados à Belgo, o serviço de avaliação pode ser oferecido de forma agregada. A partir dessa análise, o engenheiro pode conseguir a diminuição do prazo construtivo, com a solução completa para a obra. Ele terá menos preocupação e mais otimização de tempo.
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