cabeças de gado no campo
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Publicado por: Belgo Arames
Taxa de lotação: conheça sua importância e saiba como calcular

Definir a taxa de lotação é um dos critérios mais importantes no planejamento da pecuária de corte a pasto. Isso porque, somente estabelecendo um equilíbrio entre o número de cabeças por área e a capacidade de suporte da mesma área, é que se obtém o máximo de desempenho, tanto dos animais quanto da pastagem.

O raciocínio é simples: se há mais animais do que nutrientes fornecidos pelo capim, a produtividade do gado cai. Por outro lado, se há grande oferta de boa forrageira, os bovinos passam a escolher muito as partes mais nutritivas da planta, o que gera desperdício e um pasto desuniforme.

Portanto, para fazer um manejo intensivo da pastagem e maximizar o desempenho dos animais por unidade de área é essencial saber calcular a taxa de lotação. Para falar sobre o tema, conversamos com Rafael Silva da Costa, zootecnista e Analista de Mercado Agro da Belgo Arames. Confira!

O que é taxa de lotação?

A taxa de lotação pode ser definida pelo número de animais, ou unidades animais (1 UA = 450 kg PV), dividido pela área pastejada. Por exemplo: se tivermos uma área de 50 hectares, com 300 cabeças, a taxa de lotação será de 6 cabeças por hectare.

Com base nesse valor, podemos definir também a capacidade de suporte, que consiste na máxima taxa de lotação para uma área, sem comprometer o desempenho dos animais em determinado período, respeitando, assim, o ecossistema pastoril.

Para o cálculo, devemos considerar que um animal precisa de cerca de 4.500 kg/MS/ha/ano para ser consumido durante todo o ano. Se um animal com peso médio de 400 kg consome, em média, 2,5% do peso vivo por dia, seu consumo será de 10 kg/dia.

Para calcular a capacidade de suporte dessa fazenda por ano, em quilos de peso vivo por hectare, basta dividir a massa de forragem disponível para os animais no ano pelo consumo anual de um animal. No caso do exemplo:

4.500kg/MS/peso médio × 2,5% × nº de dias de consumo no pasto

Vale destacar que a capacidade de suporte pode variar ao longo do ano, em função das mudanças climáticas (precipitação, temperatura, horas de luz), tipo do solo, espécie de forrageira e nível de adubação.

Subpastejo e superpastejo

O cálculo da taxa pode indicar duas situações: o subpastejo e o superpastejo. No subpastejo, a lotação está abaixo da capacidade de suporte do pasto, ou seja, há menos animais por área. Isso permite que o animal selecione as partes mais nutritivas das plantas e apresente maior consumo, o que resulta em maior ganho individual e menor ganho por área.

No superpastejo, a taxa de lotação é mais alta do que a capacidade de suporte. Assim, como a pressão de pastejo é maior, o animal não consegue selecionar as melhores partes da planta e gasta mais tempo para pastejar. Como resultado, tem-se a redução do consumo, comprometendo o desempenho individual dos animais.

Qual a importância de seguir um nível ideal de lotação?

“Precisamos tomar muito cuidado ao explorar o ganho por área a partir do aumento da taxa de lotação”, avisa Rafael Costa. A partir de certo ponto, o consumo de forragem pelo animal é comprometido de tal forma que faz com que o ganho por animal e por área seja insatisfatório.

O ajuste da taxa de lotação a ser trabalhada é, então, uma importante ferramenta para o manejo da forrageira. “Devemos ter em mente que estamos buscando potencializar o ganho de peso de cada animal, explorando, também, o máximo de ganho por área“, completa o especialista.

Benefícios da taxa de lotação adequada

Dentre os diversos benefícios da taxa de lotação ajustada, Rafael Costa cita como o mais importante o aumento da produtividade em arroba/ha/ano. Isso é impactante para o resultado da fazenda, pois permite um melhor ganho por área e um maior giro do estoque de rebanho. Tudo isso só é possível, claro, quando aliado a outros fatores cruciais que asseguram a performance apropriada do rebanho.

Comparados à média nacional, temos:

  • pastagem extensiva mal manejada (média nacional):
  • 3-4 arrobas/ha/ano;
  • 3-4 arrobas/cab./ano.
  • pastagem extensiva bem manejada (dados PRODAP):
  • 8-10 arrobas/ha/ano (2x);
  • 5-6 arrobas/cab./ano (1,5x).

Que medidas podem ajudar o pecuarista a tomar uma decisão racional sobre a taxa de lotação?

Uma pastagem mal manejada acarreta em maior custo para o produtor, já que há queda no desempenho dos animais e a necessidade de complementar a sua alimentação, bem como de recuperar o solo e o pasto. Para evitar que isso aconteça, existem algumas medidas que podem auxiliar o fazendeiro.

Estruturação de um plano de contas

Existe uma necessidade sustentável de aumentar a taxa de lotação, sendo preciso saber quanto custa intensificar uma área de pastagem e, melhor que isso tudo, quanto de rentabilidade ela traz. É imprescindível ter os apontamentos de gastos de insumos, como adubos, cercas, porteiras, água, mão de obra, animais etc., demostrados em um plano de contas.

Esse planejamento tem como objetivo manter uma melhor taxa de lotação para que se consiga ter mais animais com bom desempenho em uma mesma área. Caso o pecuarista não avalie essa depreciação de nutrientes do solo, futuramente pode ser que o investimento em adubação e recuperação de pastagens comprometa o saldo de caixa.

Sendo assim, essa é uma forma de garantir aquele recurso destinado a uma melhoria na produtividade das pastagens. Para isso, Rafael sugere que os produtores adotem uma ferramenta de gestão de dados que apresente informações zootécnicas, sem deixar de lado a visão financeira do negócio.

Adesão ao pastejo rotacionado

A adesão ao pastejo rotacionado é uma medida de grande eficácia. O grande diferencial desse sistema consiste em se manejar parte do lote à frente — cerca de 20% da capacidade do suporte do módulo —, possibilitando ganhos excepcionais a esses animais.

Enquanto isso, o restante do lote — 80% da capacidade de suporte do módulo — segue atrás, também ingerindo forragem de boa qualidade, fazendo com que, nos dois lotes, o ganho médio de peso seja potencializado.

Controle da mistura de animais

A mistura de animais ocorre todas as vezes em que um ou mais animais invadem lotes distintos ao seu de origem. Isso acontece em grande maioria, devido à falta de manutenção ou à má qualidade das cercas divisórias.

Essa mistura entre animais que não têm o costume de estar juntos causa um abalo na hierarquia de poder do grupo, podendo incorrer em brigas e “montação” (sodomia). Agitados, os animais consomem energia e, consequentemente, reduzem o ganho de peso.

Como a Belgo contribui para esse cenário?

A Belgo Arames Arames oferece para os pecuaristas os benefícios que a cerca de qualidade oferece em termos de produtividade e aumento de rentabilidade por cadeia produtiva, além de ser benéfica para a segurança dos animais.

A escolha da cerca

Diante de uma linha de arames tão completa, como escolher o melhor arame para cerca da fazenda? Antes de tudo, é importante considerar o papel da cerca como delimitador de área, dividindo o piquete para gado por objetivos e categorias de animais.

A boa cerca tem que fazer o básico: controlar a presença dos animais no local determinado e melhorar a coleta do capim. Ou seja, um pasto de qualidade somado a uma cerca também de qualidade é a garantia de que o rebanho vai permanecer na área em que o produtor estabeleceu.

Tendo isso em mente, a etapa seguinte consiste em fazer uma análise do tipo de terreno da fazenda, visto que ela essa característica influencia a escolha da quantidade de madeira e esticadores a serem usados na cerca.

Por exemplo: para instalação da cerca pronta Belgo Bovino® 5 Fios, é necessário ter estrutura de esticador com madeiras mais grossas para maior rigidez. Consequentemente, o cercamento se mostra mais eficaz em relação ao custo-benefício, pois permite um espaçamento de 8 em 8 metros das estacas — otimizando o custo da mão de obra para o produtor rural.

A Belgo Bovinos®

A Belgo Arames Arames desenvolveu a tecnologia para a área de cercamento com a Belgo Bovino® 5 Fios, possibilitando que o produtor tenha um custo eficaz na construção do seu cercamento para todas as categorias de animais, especialmente bovinos.

A Belgo Bovino® é uma cerca inteligente e tem como benefícios:

  • facilita e agiliza a instalação, inclusive em áreas de beira de estrada;
  • permite maior espaçamento entre mourões, reduzindo o custo com madeira;
  • tem alta durabilidade devido à camada pesada de Bezinal (liga especial de Zinco + Alumínio).

Como você pôde notar, é imprescindível realizar um bom planejamento na pecuária de corte, levando em consideração a taxa de lotação e a capacidade de suporte do pasto, já que as eficiências produtiva e econômica da atividade dependem da produtividade tanto dos bovinos quanto das pastagens.

Agora que você entendeu a fundo a importância da taxa de lotação e aprendeu a calculá-la, é hora de investir no cercamento. Veja o passo a passo para a construção de cerca rural e saiba como proceder!

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