A viticultura tem grande importância para diversos estados brasileiros (tanto a produção familiar quanto a de grandes empreendimentos) por gerar empregos, garantir a sustentabilidade das comunidades locais e contribuir para o desenvolvimento das regiões. Em um cenário de constante crescimento como o do plantio de uvas, os produtores rurais e viticultores têm descoberto os benefícios do arame para parreiral pelo ganho de produtividade que a estrutura traz para a lavoura.

Maior durabilidade que os arames galvanizados comuns nas videiras, menor custo de investimento e uma maior facilidade no manejo e na colheita das frutas são algumas das vantagens observadas. Mas, para esclarecermos bem esses pontos, conversamos com Rober Casaril, Analista de Mercado Agro na Belgo Arames Arames. Confira!

A estrutura de um parreiral

Rober começa nos explicando que as estruturas de fixação dos parreirais variam de acordo com o tipo de uva que se cultiva, já que cada sistema tem suas particularidades de manejo. A seguir, veja resumidamente alguns exemplos.

Sistema Latada ou em T

É o sistema de condução mais utilizado na região da serra gaúcha no cultivo de uvas comuns (para produção de vinhos comuns e sucos) e de uvas de mesa, que vão direto para as prateleiras dos supermercados para consumo in natura. Nessa estrutura, a videira cresce reto em torno de um metro e oitenta centímetros, em média, e depois ela abre os ramos para os lados, formando um T.

Esse sistema permite uma produção alta de uva e um manejo relativamente fácil, tanto para as podas quanto para as aplicações de defensivos agrícolas e colheita. O sistema latada é o método que mais usual em uvas comuns e de mesa na região da serra gaúcha, região esta que se destaca na produção de uvas do país.

Sistema em espaldeira (tipo cerca)

Já quando se pensa em cultivo de uvas finas para a produção de espumantes e vinhos finos, Rober comenta que se usa muito o sistema de condução em espaldeira. “É um sistema idêntico ao de uma cerca de arame liso ou farpado. Nesse sistema busca-se uma menor produção de uva por área, porém, existe um ganho expressivo na qualidade das uvas, uma vez que é preciso uma qualidade superior para fabricar esses itens mais requintados”, explica.

Na espaldeira, as videiras sobem em torno de sessenta a oitenta centímetros e, a partir disso, duas ramificações laterais são conduzidas no decorrer das linhas de arames, facilitando o manejo.

São muitos os benefícios desse sistema, um deles, é permitir a mecanização de grande parte dos tratos culturais, além disso, permite uma melhora na qualidade das uvas devido a uma melhor entrada de sol, aumento da aeração, consequentemente uma diminuição na incidência de pragas e doenças.

Sistema em Y

Quando se fala em uvas de mesa mais nobres, o sistema conhecido como Y entra com força nas cultivares. É muito semelhante ao latada, mas, em vez de os ramos da videira serem abertos para as laterais em T, são conduzidos mais inclinados, como um Y.

“Isso permite uma entrada maior de sol, mais aeração nas parreiras e uvas e uma maior eficiência nas aplicações dos defensivos para o controle das pragas”, explica Rober. Essas condições são realizadas buscando uma qualidade maior das uvas mantendo grandes quantidades de uva por área. 

Por que o arame Belgo Frutifio tem a melhor relação melhor custo- benefício para videiras?

O especialista nos conta que diferentes materiais são utilizados para a construção dessas estruturas. “Utiliza-se muito a madeira e postes de concreto tanto para as sustentações laterais ou para as partes intermediárias. A novidade dos últimos anos no mercado brasileiro com excelente custo-benefício é um poste metálico com galvanização a fogo, um material novo que permite uma velocidade de instalação quatro vezes maior que os sistemas tradicionais, além de possuir uma altíssima durabilidade.”

“Tenho visto isso na serra gaúcha e vi também em Petrolina (PE), principalmente no sistema em Y”, completa Rober. Esses materiais formam a parte estrutural do parreiral, depois entram os arames e ancoragens, que fazem toda a malha de sustentação das videiras.

Existem muitas vantagens de substituir os moirões de madeira e concreto por aço galvanizado, como a redução do custo de produção da estrutura, maior espaçamento entre os postes, mais facilidade na instalação e, como destacou o especialista, mais durabilidade no sistema como um todo. Porém, no próximo tópico, vamos aprofundar os benefícios do arame Frutifio para parreirais.

A importância da resistência da estrutura

Rober cita dois fatores principais que fazem com que a resistência do parreiral seja crucial para a atividade: as aplicações de defensivos químicos (propriedades agressivas acelerando processo de corrosão) e o peso da estrutura como um todo (ramos e uvas).

“Antigamente, o uso de produtos químicos era menor nas cultivares para controlar as pragas e as doenças, com isso, os arames da época costumavam durar trinta, quarenta, até sessenta anos. Atualmente, com o aumento de novas cultivares, mais suscetíveis a doenças, e a descoberta de novas doenças, a incidência de aplicações de produtos químicos e adubos foliares aumentou cinco a seis vezes, consequentemente a durabilidade dos arames diminuiu um pouco”, começa explicando.

“Você não consegue produzir uvas, muito menos uvas de qualidade superior, sem a aplicação de químicos, como pesticidas e adubos foliares. Mas esses produtos são muito agressivos, características essas que acabam por diminuir sua vida útil. Quando o viticultor não faz uso de arame com Galvanização Pesada nesses sistemas, precisara fazer substituição da malha de arames de forma muito precoce, aumentando os custos. A Belgo Arames Arames é uma empresa que se destaca pala qualidade dos seus arames, o arame Frutifio é um arame com galvanização pesada, adequado para atual sistema de produção, e que possui um custo de investimento menor do que os arames ovalados comuns — então, essa é a importância de a linha de arames para a fruticultura ter bastante galvanização”, finaliza o especialista.

Sobre o segundo ponto, Rober retoma a função estrutural do arame, que deve manter as parreiras na altura e na posição específicas do sistema empregado. Ele traz um exemplo para elucidar a questão:

“Vamos pensar numa situação extrema. A produção de uvas de mesa fica entre trinta e quarenta e cinco toneladas em um hectare; isso é bastante peso, que vai estar distribuído em todos os pés, mas é preciso sustentar tudo isso — e todo esse peso vai estar apoiado nos arames ao longo da linha e nas ancoragens dos rabichos laterais.. Mesmo com os postes de apoio ao longo da linha, ainda vai ter muita tensão nesses fios devido ao peso. A função dos rabichos é neutralizar essa força e manter o parreiral na sua posição.”

“Agora, imagina a seguinte situação, uma malha de arame que instalei confiante de que sustentaria o parreiral rompe em alguns pontos e meu parreiral vai ao chão, ficando a meio metro do solo, seja pela baixa qualidade do fio, seja pela corrosão que o arame sofreu ou pela ancoragem ou rabichos insuficiente e, estou a poucos dias de iniciar a colheita, com aproximadamente quarenta toneladas de uva por hectare. Como eu entro embaixo para colher as uvas?”

“Por mais absurdo que pareça, esse é um problema que vi muitos viticultores passarem. Além da dificuldade de colher, tem todo o transtorno de refazer toda a estrutura do parreiral, essa é uma dor de cabeça que ninguém quer ter. Os produtores rurais querem produtos mais duráveis, mais resistentes, e de altíssima qualidade.” É aí que a Belgo entra para solucionar esses problemas.

Os diferenciais dos produtos Belgo para viticultura

Rober fala que o grande diferencial da Belgo é a galvanização pesada em toda a sua linha para a fruticultura, justamente porque são produtos desenvolvidos para durarem mais.

“Um arame de baixa galvanização vai durar em torno de seis a dez anos, dependendo da região e das aplicações químicas que são feitas. Se for instalado um arame próprio para as culturas, como o Belgo Frutifio®, você multiplica esse tempo em até três vezes”, explica.

O especialista comenta que muitos produtores utilizam arames ovalados para cercas rurais visando sustentar os ramos das videiras, já que eles são mais grossos. Mas não adianta instalar um arame mais grosso que tenha pouco tratamento contra as agressões químicas, pois ele vai durar menos.

O único arame ovalado recomendado para videiras é o Belgo ZZ-700 Bezinal® , este arame foi desenvolvido para as cercas do Pantanal, ambientes extremamente agressivos, mas viu-se potencial de aplicação nos parreirais, já que suporta muito peso (700 kgf) e tem uma camada pesada de Zinco Tipo Bezinal (Zinco + Alumínio).

Porém, Rober explica que o Belgo Frutifio® tem o que chamamos de “custo-benefício perfeito” para o cultivo de uva, porque ele é mais leve com alta resistência a tração (500 kgf) além de Galvanização Pesada (maior durabilidade).

Para completar, há o Belgo Parreiral®. Trata-se de uma cordoalha de três fios, que tem uma camada pesada de zinco e ainda reduz em até 60% a quantidade de madeira na construção do parreiral.

Como você notou, a Belgo desenvolveu produtos para solucionar problemas comumente enfrentados pelos produtores de uva. Os benefícios do arame para o parreiral são enormes, visto que, dependendo do sistema de produção, você vai ter um ganho maior de produtividade ou de qualidade da uva. Por fim, nossos produtos unem força, resistência e durabilidade.

Nosso artigo foi esclarecedor para você? Gostaria de tirar mais dúvidas em relação aos produtos da Belgo? Entre em contato conosco e converse com nossos especialistas!