gado pastando visto atrás de cerca
Belgo Arames
Publicado por: Belgo Arames
6 cuidados essenciais na instalação de cerca elétrica rural

A instalação de cerca elétrica pode ser o passo que faltava para que a sua criação de bovinos alcance a melhor produtividade possível. É fundamental pensar na forma como as demarcações da propriedade são feitas, a fim de instalar corretamente o fio de choque relativo à cerca em questão.

Levando a importância do tema em consideração, preparamos este artigo. Durante a leitura, você entenderá quais são as situações mais adequadas para o uso desse tipo de cerca. Também mostraremos os 6 cuidados essenciais para instalá-la de forma correta, além de apresentar o melhor fio de choque disponível e as consequências de uma cerca mal instalada.

Siga a leitura do artigo e entenda!

Como funciona uma cerca elétrica rural?

Para tratar desse tema complexo com maior profundidade, conversamos com Ernesto Coser Netto, que é gerente de cercas elétricas da Tru-Test — uma das líderes mundiais na fabricação de equipamentos de cercas elétricas. De acordo com ele, “o principal benefício da cerca elétrica rural é o custo. A proposta é substituir a estrutura por choque, que passa a conter o animal”.

Conforme explica Coser Netto, “o choque acontece quando o animal toca no fio, descendo pelo corpo dele até o solo e por este até o aterramento do aparelho. Nesse momento, o animal sente um grande impacto, sendo repelido. Em cercas com três fios, os dois da ponta no geral são negativos e o do meio é positivo, ou vice-versa”.

Segundo Coser Netto, a instalação de uma cerca convencional no Brasil geralmente assume a seguinte configuração: um poste a cada 4 metros e 5 fios, além da mão de obra para instalar. “Na elétrica, o que determina o espaçamento entre postes é o relevo. Há cercas em que se usa 40 metros de distância de um poste a outro”, explica o especialista.

Ainda de acordo com ele, o relevo é um ponto determinante em relação à instalação. Se o relevo for mais ondulado, é preciso seguir o solo e manter o arame sempre na mesma altura, copiando a do solo. Desse modo, em alguns lugares, é necessário aproximar os postes. Em lugares mais planos, vale a pena aumentar a distância entre eles — algo em torno de 25 metros é cabível.

“O poste também pode ser muito mais leve e fino. É possível fazer cercas com postes metálicos, com vergalhão de construção, porque o que segura o animal é o choque, não a estrutura”, aponta Coser Netto. Os piquetes, por sua vez, não devem ser muito grandes e o número de fios depende da categoria do animal. Na maioria das vezes, utilizam-se três fios.

Quando a cerca elétrica rural é mais indicada?

Em linhas gerais, pode-se dizer que a cerca elétrica é uma excelente forma de subdividir a propriedade. Afinal, fazer o cercamento convencional tende a ser um procedimento bem mais caro, com uma mão de obra custosa.

“A vantagem desse método é que, quanto mais subdividida uma fazenda é, melhor será o manejo de pastagem, o que gera um aumento na lotação, na produtividade, na área e, por consequência, na rentabilidade”, esclarece o gerente.

Tenha em mente que é viável utilizá-la em qualquer tipo de terreno, mas algumas características demandam maior atenção. “Em solo arenoso ou região seca”, pondera, “é necessário fazer pelo menos um fio negativo na cerca. Esse fio permanece ligado no aterramento do aparelho, junto a outros aterramentos auxiliares que ficam ao longo da cerca.”

Já em solos úmidos isso não é necessário, pois a condutividade é melhor por conta da presença de boa quantidade de água no terreno. Assim, a cerca é composta apenas das fases positivas, sendo que o próprio solo realiza a função do que seria do fio negativo. A corrente elétrica é, então, conduzida de volta ao eletrificador e o circuito elétrico se fecha, dando o choque no animal quando há o contato.

Qual é o melhor fio de choque para uma cerca elétrica?

O arame, também conhecido como o “fio de choque” em uma cerca elétrica, é um item de fundamental importância para garantir um melhor funcionamento do sistema. A durabilidade de todo o conjunto também está diretamente ligada ao tipo de arame usado e, por isso, a escolha do melhor material é essencial para o sucesso do empreendimento.

Nesse sentido, os melhores fios de choque são aqueles que possuem uma alta quantidade de zinco em sua composição. A razão disso é que esse elemento é um ótimo condutor de corrente elétrica e isso aumenta a eficiência do sistema. Esse tipo de arame recebe processos extras de galvanização, fazendo com que se tornem mais resistentes à oxidação e durem mais. Trata-se da famosa “ferrugem”.

Quais são os 6 cuidados na instalação de cerca elétrica rural?

Veja a seguir 6 recomendações para fazer uma instalação mais correta quanto possível e que seja muito eficiente.

1. Capriche na escolha do eletrificador

O eletrificador é responsável por fazer a corrente elétrica circular no arame. Sua unidade de potência é o joule e quanto mais joules tiver, maior será a voltagem da cerca. O mínimo para que os bovinos comecem a sentir o choque é de 4 mil Volts e, por lei, esse valor não pode ultrapassar os 12 mil Volts.

Já em termos de Joules, a norma preconiza que seja considerada a potência de 0,5 J para cada 5 km de cerca. A observação fica por conta de terrenos secos nos quais a condutividade não é tão boa assim. Nesse tipo de solo, a potência do eletrificador pode ser de até 1 J a cada 5 km. Em ambos os casos, a amperagem da corrente elétrica não pode ser maior que 2,5 mA, sob risco de morte do gado.

2. Monte o aterramento com cuidado

O aterramento tem que ser feito com uma haste própria de aço galvanizado, grampos e um cabo galvanizado para conectá-las. “Se o eletrificador tiver acima de três joules, é necessário usar uma haste de aço galvanizado por joule, usando qualquer figura geométrica, em um lugar úmido”, indica o especialista.

Depois, basta ligar o aterramento no botão negativo — o eletrificador tem saídas positiva e negativa. Ligue-o no negativo da cerca e no positivo conecte o fio do choque. Ainda assim, é preciso observar a constituição das hastes. Elas devem ter pelo menos 1,20 metros de comprimento.

Para solos muito secos, pode ser que as hastes não sejam suficientes. Nesses casos, deve ser usado um fio negativo que será instalado em conjunto com os fios positivos na própria cerca.

3. Tenha atenção aos isoladores

Os isoladores devem ser de plástico virgem e ter filtro ultravioleta (UV) para que não ressequem ao sol, porque isso tira a propriedade de isolamento. Saiba que é preferível recorrer aos isoladores externos, já que os internos se cortam facilmente e podem enferrujar o arame.

O motivo disso é que os isoladores internos são instalados dentro dos postes. Isso quer dizer que sua área de contato é grande em comparação aos isoladores externos. Dessa forma, muita água de chuva pode ficar acumulada, favorecendo seu desgaste prematuro. Isso aumenta os custos de manutenção, tornando-os uma opção menos vantajosa do que os externos.

4. Escolha o arame ideal

A escolha do arame está ligada a diversos fatores. Para os grandes projetos, o ZZ-700 Bezinal se mostra uma ótima opção, já que é triplamente galvanizado e tem alumínio em sua composição, o que ajuda muito na transmissão do choque.

Coser Netto também recomenda o Eletrix, conhecido por sua resistente camada tripla, e o Z-700 — ideal para regiões mais secas, com menos salinidade no ar. A maresia é um fator preponderante quando o assunto é oxidação e por isso esse modelo é o mais indicado quando ela está ausente.

5. Pense nos postes e na proteção contra raios

“Qualquer material, desde que seja isolado, pode ser usado como poste. Para usar um poste metálico, é preciso contar com um isolador adequado, para que o arame de choque não toque nele e origine um vazamento gigantesco”, aconselha Coser Netto.

Em relação à proteção, ele recomenda construir kits para-raios que jogam para o solo alguma descarga elétrica que possa atingir a cerca. “É possível ter um bom sistema elétrico na tomada, mas o risco é maior que usar painel solar e bateria, porque aí é limpo, não há variação e a possibilidade de quebra via alimentação é zero.”

6. Providencie uma sinalização eficiente

Vale lembrar que uma cerca eletrificada precisa ser bem sinalizada, principalmente se a região conta com um fluxo considerável de pessoas, como os trabalhadores do campo. Ainda que a corrente que circula nos fios não seja alta, cada organismo humano responde de um jeito. Condições adversas, como membros molhados, podem agravar a situação.

Assim, placas indicativas e anteparos de bloqueio podem ser muito úteis nesse caso. As normas de segurança apresentam determinações objetivas para esse tipo de situação, indicando as cores amarela, preta e laranja para as indicações, com letras bem grandes. Segui-las é evitar que algo de ruim aconteça.

Quais são as consequências da má instalação?

A pior consequência de instalar mal uma cerca elétrica rural é deixar o gado escapar. Também existem casos de animal invadindo lavoura e de “contaminação” de linhagens premiadas porque um boi vizinho entrou no pasto.

Há, ainda, o risco de desconfiguração de aparte, fazendo com que o rebanho se misture novamente. “Em suma, a falta de choque na cerca pode levar a prejuízos muito grandes”, conclui Coser Netto. Por isso, é preciso verificar cada elemento que faz parte de uma rede bem instalada, pois a falha em qualquer componente coloca todo o sistema em risco de mau funcionamento.

Gerar lucro com uma fazenda é algo desafiador. A instalação de cerca elétrica com fio de choque tende a ajudar bastante na busca pelo objetivo de manter o gado nas áreas permitidas. Por isso esse trabalho deve ser feito da maneira mais correta quanto possível.

Para tanto, tenha atenção a esse ponto e reduza os custos de sua produção, buscando um parceiro de negócios de qualidade como a Belgo Arames Arames, que há mais de 20 anos atua no mercado nacional.

Gostou do conteúdo? Então aproveite e entre em contato pelo site ou pelo WhatsApp para ter uma boa orientação a respeito de como instalar uma cerca elétrica rural em sua propriedade!

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