imagem do coronavirus
Belgo Arames
Publicado por: Belgo Arames
Veja os impactos do novo coronavírus no agronegócio brasileiro

O ano é 2020 e o impensável, em uma época como esta, aconteceu: o mundo parou. A causa para isso é um vírus com alto potencial de propagação e com efeitos devastadores para pessoas em grupo de risco.

Com a pandemia do coronavírus, decretada em 11 de março, medidas de segurança foram adotadas e, em questão de pouquíssimos dias, o planeta inteiro se viu em situação de isolamento social.

Isso tudo, é claro, interfere diretamente na economia. Mas quais serão os efeitos do novo coronavírus no agronegócio? Hoje, contamos com a experiência de Elton Andrade, Agrônomo e Analista de Mercado da Belgo Arames no segmento Agro, para explicar como a pandemia de Covid-19 vem impactando a agricultura e a pecuária. Continue com a leitura e saiba como lidar com essa situação da melhor maneira possível!

Como o surto do vírus afeta a economia?

O surto do novo coronavírus configurou um cenário no qual comércios estão com as portas abaixadas e países com as fronteiras fechadas. Como resultado, a economia como um todo vem sendo afetada. Um grande reflexo disso é a alta do dólar — que chegou a atingir mais de R$ 5 em determinados momentos do mês de março de 2020 — e a queda das bolsas em diversos pontos do mundo. 

Diante dessa circunstância, os governos de vários países têm adotado políticas públicas para auxiliar as empresas e os trabalhadores, de modo a reduzir os impactos da crise no mercado. No Brasil, por exemplo, estão sendo implementadas medidas como a concessão linhas de crédito especiais, adiamento no recolhimento dos impostos das empresas e antecipação do 13º e abono salarial para retomada do poder de compra da população.

Quais são os impactos do novo coronavírus no agronegócio?

O mercado brasileiro também está sofrendo com as consequências da pandemia, em especial os bares, restaurantes e linhas aéreas. Os efeitos do novo coronavírus no agronegócio, no entanto, são mais sutis. Acompanhe!

Oscilações nos produtos

Já é possível notar certa oscilação no preço e na disponibilidade de alguns produtos em nosso país. Esse fator é considerado normal e até mesmo esperado. Segundo Elton, ele reflete o comportamento do consumidor que busca fazer um estoque pessoal de alguns produtos, principalmente de itens de consumo primário como feijão e arroz, gerando uma demanda maior na reposição e fazendo com que os preços flutuem nas prateleiras dos mercados.

Compra e venda de animais

O transporte de animais, nesse período, pode ser um pouco prejudicado. Ele ainda poderá ocorrer, desde que esteja de acordo com as diretrizes repassadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A principal mudança, no entanto, se deve ao cancelamento de uma série de eventos ligados à pecuária em todo o Brasil. Feiras e exposições, portanto, precisarão ser adiadas e esperar o momento de estabilização da pandemia para acontecerem.

Produção agrícola e pecuária

A produção agropecuária, no Brasil, a princípio terá poucas consequências. O principal ponto que justifica esse fato é a prevalência da contaminação de Covid-19 em ambientes urbanos, com grandes aglomerações. No campo, a taxa de infecção é muito menor e é bem mais fácil aplicar a medida de segurança como o distanciamento. Sendo assim, Elton reforça que a pecuária e o cultivo de milho, soja e trigo, por exemplo, não precisarão parar, mas apenas se adequar.

Exportação

A desvalorização do real frente ao dólar fez com que nosso país adquirisse maior competitividade no mercado internacional. Com isso, foi mantida uma considerável demanda por produtos internos como a carne, que continua tendo saída para o exterior.

Também há de se considerar o fato da China, principal parceira comercial do Brasil, ter alcançado certa estabilidade no gráfico da epidemia e estar começando a reabrir seu mercado. Com isso, a tendência é de retomada das exportações por parte do país.

Importação de matérias-primas

Um dos problemas mais observados, nesse cenário, é a importação de matérias-primas. Muitos produtos — como o ferro, o aço e até mesmo insumos como o ácido fosfórico — podem ter o abastecimento prejudicado por conta da diminuição de fluxo nos aeroportos, ferrovias e portos.

Funcionamento das lojas

As restrições à abertura de comércios e outros estabelecimentos considerados como serviços “não essenciais” pode, sim, trazer algumas consequências negativas para a economia como um todo.

Elton exemplifica que, com as lojas agropecuárias fechadas, torna-se mais difícil adquirir produtos como fertilizantes, que são fundamentais para a produção. Esse ponto pode, então, fazer com que o agronegócio seja impactado de alguma forma.

Quais são as previsões para os próximos meses?

Os próximos meses seguirão, a princípio, estáveis para o agronegócio. Afinal, o Brasil é um país muito populoso e com uma alta demanda interna para a alimentação — algo que não deve mudar nas próximas semanas.

Os principais afetados por toda essa crise, contudo, são os varejistas. Segundo Elton, os pequenos mercados enfrentam o risco das grandes redes expandirem o volume de compra dos fornecedores e ditarem o preço na aquisição desses materiais produzidos no campo. Em longo prazo, isso tende a se tornar ainda mais intenso.

De que maneira o produtor pode se preparar para encarar a pandemia?

Para Elton, a principal dica é observar o cenário econômico dessa pandemia por um viés positivo e otimista. Ainda que seus impactos para a sociedade sejam inestimáveis — com, inclusive, a morte de milhares de pessoas ao redor do mundo —, a nível econômico não há razão para perder a cabeça em um primeiro momento.

A chave para lidar com a situação é o planejamento. Então, entre em contato com seus fornecedores para buscar formas de comprar produtos e realizar um estoque que dure cerca de 90 a 120 dias — período estipulado pelos especialistas para que o problema se atenue em solo brasileiro — e aja com responsabilidade na hora da produção.

Efeitos colaterais existirão mas, em geral, não serão assim tão extensos para o agronegócio. A retomada do crescimento, por sua vez, ainda poderá demorar um pouco, tendo em vista que precisaremos aguardar a recuperação da indústria, normalização dos preços e retomada das importações de insumos.

Como está sendo a atuação da Belgo?

Elton relata que a Belgo está seguindo, desde o princípio, todas as recomendações da OMS para garantir não apenas a excelência de sua produção, como também a saúde e integridade física de seus colaboradores.

As equipes externas estão realizando atendimento por telefone ou videoconferências e, nas fábricas, foram adotadas medidas de segurança como cuidados intensificados com a higiene, uso dos equipamentos de proteção individual necessários e distanciamento de 2 metros entre colaboradores.

No mais, além de tomar todas as providências cabíveis para manter o fornecimento de produtos de altíssima qualidade, a empresa está investindo em maneiras de auxiliar a população nesse período tão nebuloso.

Entre as ações propostas, estão a distribuição de kits de alimentação aos caminhoneiros envolvidos com a Belgo, doação de camas e colchões para o hospital de campanha no Expominas e disponibilização de 3 toneladas de arames para fabricação de máscaras de proteção por presidiários do Estado, que serão utilizadas por profissionais como policiais e bombeiros.

Outra forma de contribuição para o combate ao novo coronavírus reside na dedicação de técnicos para realização de manutenções em respiradores — aparelhos essenciais para a sobrevivência de pacientes com comprometimento da capacidade respiratória. Outras informações podem ser conferidas diretamente no site da Belgo Agro.

Elton reforça, ainda, que a empresa segue antenada às novidades a fim de realizar novas ações frente a eventuais mudanças visando a segurança dos colaboradores, satisfação dos clientes e o bem-estar coletivo.

De fato, haverá um impacto do novo coronavírus no agronegócio, mas, seguindo as nossas dicas, é possível passar por essa fase de maneira mais tranquila. E para se manter preparado para lidar com a situação, não deixe de continuar se informando sobre as atualizações econômicas no Brasil e em todo o mundo.

Aproveite para nos seguir nas redes sociais e acompanhar as novidades sobre esse e outros temas ligados ao agronegócio. Você pode nos encontrar no Facebook, Twitter, YouTube e também no LinkedIn. Nos vemos por lá!

guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

    Últimos artigos

    Skip to content